11 de agosto de 2012

Sonho não realizado


            Lá estava eu, sozinho e inquieto lhe esperando. Odeio esperar, mas por você eu suportaria aquilo. Mas mesmo assim aquela demora me matava. Ah tempo maldito que não passava. Eu já estava a ponto de dormir quando lhe vi. Aquele sorriso se aproximando de mim fazia meu coração acelerar. Como podia uma pessoa só ter tamanha perfeição?
            Você se aproximou, sempre com aquele jeito de andar sem se importar com o mundo. Mexendo no seu Nintendo DS. Quando me viu, sorriu novamente, abaixou os olhos para a tela, fechou seu DS e colocou no bolso da mochila de lado. Andou até mim e quando chegou perto me deu um abraço apertado. Sempre com aquele perfume que era típico seu. Como era bom aquele abraço. Poderia viver ali para sempre. E a sensação que para mim durou milhões de anos acabou em alguns segundos. Afastou-se depois do abraço e olhou nos meus olhos. E eu a olhei nos olhos. Como eram lindos aqueles olhos verdes. Então do nada se aproximou e me beijou. No começou me assustei com aquilo de tão inesperado aquilo foi, mas então me deixei levar pelo momento. Como aqui era bom. Até parar e ficar olhando para a minha cara de perplexo e rindo.
            – O porque você está rindo? – perguntei um pouco irritado e com vergonha.
            – Do tanto que você não acreditou que eu fiz isso. – respondeu contendo os risos.
            – Claro que não acredito. Você sempre disse que eu nunca ia ter chances com você, porque somos amigos e essas coisas. E que eu nunca ia sentir seu beijo.
            – E como você mesmo disse, pessoas mudam de ideia o tempo todo. E eu mudei de ideia sobre você. Agora você vai ficar conversando comigo sobre isso?
            Não resisti aquilo. Simplesmente a puxei e lhe beijei novamente de uma forma sutil que foi ficando forte com o decorrer do tempo. Como aquilo era bom. Eu tinha esperado tanto por aquele momento. E finalmente...
BAAAM! Estou na minha cama. De baixo dos lençóis e os raios de sol batem no meu rosto. Tudo isso foi apenas um sonho que acabo de ter e do qual devo me esquecer, pois dói lembrar que é apenas um sonho.

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