29 de agosto de 2012

Sem postagem hoje e parada por um tempo

Bem, vou parar de postar por um tempo ou fazer postagens ocasionais. Não que eu esteja com preguiça, só não estou naquele pique de escrever tudo dia que eu estava, acho que minha criatividade parece que se esvaiu toda em preocupação e tristeza esses últimos dias. Tanto pode se notar isso nos textos, todos estão tomando um ar triste e solitário. E acho que não foram textos e sim desabafos. Então vou me arrumar aqui e melhorar, para voltar a fazer bons textos, ou tentar como sempre. Então, obrigado por entenderem.

28 de agosto de 2012

Falta de alguém


         As vezes sinto falta de alguém. Não de uma pessoa em especial. Mas sim, falta de uma pessoa especial. Sabe? Tipo aquelas pessoas que realmente se preocupam com você, que cuidam e não lhe deixam quando você está mal. Por mais chato e idiota seja o que você esteja falando, ela vai ficar ali, com paciência e ajudando, dando força. Vai ficar tentando lhe dar conselhos bons, na maioria das vezes são mesmo bons, mas você está triste de mais para ver isso. Então, é de uma pessoa assim que eu sinto falta. Na verdade não é só as vezes e sim o tempo todo. Me falta isso na vida. Me falta aquele abraço que eu sei que vem de uma pessoa que quer cuidar de mim. Que quer me ver bem porque me ama, não importando se eu mudei ou não. Que não vai lembrar ou se importar de como eu era, só quer saber de como eu sou e estou. Principalmente como estou.
         Pois eu cansei de ser essa pessoa só para os outros. De ser isso ai para todos que precisam. Mas na volta nunca receber isso de volta. Cansado de ficar só, sem ninguém para conversar e sem ninguém para apenas ouvir. Não precisava que me desse conselhos. Apenas escutasse o que eu estou passando e disse-se que não sabe como ajudar, mas que está ali por mim. E me desse apenas um abraço. Aquele abraço de amigo. Aquele abraço que acaba com seus problemas. Aquele abraço que lhe coloca em segurança. Que lhe mostra o mundo como sendo bom. Só sinto falta desse abraço...

27 de agosto de 2012

Solidão

         Meu nome é Tommy, tenho 17 anos e vivo na Cidade Dos Desapegados. Mas as vezes acho que nasci na cidade errada. Logo aqui ao lado tem a Cidade Dos Companheiros. Lá as pessoas se importam com você e como você está assim o tempo todo. E eu sou assim. Mas aqui ninguém é assim, só eu. Aqui, na Cidade Dos Desapegados, as pessoas só querem alguém para reclamar dos problemas e pronto. Nada de se importar de volta. Não, aqui é só ser escutado o que eles querem. A muito tempo teve até uma briga entre as duas cidades e construíram um muro. Assim as pessoas que se importam não se misturariam com as que não se importam. Desse lado do muro eu só escuto reclamações e brigas. Só vejo pessoas tristes. Do outro lado eu escuto muitos risos e conversas. Uma vez eu vi através de um buraco no muro e lá só tinha gente alegre e brincando. Meu sonho é ir para aquele lado do muro. Parece ser um lugar extremamente agradável e feliz. Queria viver em outra cidade. Podia até ser na Cidade Dos Falsos. Pelo menos eles fingem se importar com você. Mas meu sonho mesmo é viver na Cidade Dos Companheiros. Ali sim deve ser bom. Eu fico imaginando como deve ser. É um sonho. Como eu odeio viver na Cidade Dos Desapegados. Odeio com todas minhas forças viver na Cidade Dos Desapegados. Mas um dia eu vou sair daqui. Um dia irei para a Cidade Dos Companheiros. Um dia...

25 de agosto de 2012

Salva Vidas

         O policial corria e atrás de sobreviventes no meio dos destroços. Aqui não era algo de Deus. Tudo ali estava destruído. Ninguém sabia o que tinha acontecido ali ao certo. O que todos sabiam apenas era aqui tinha que sair daquela maldita avenida. Tudo estava em fogo. Tudo estava destruído. Nada restava inteiro praticamente. Mas o policial corria por ali em busca de sobreviventes. Corria com bombeiros e médicos. Mas eles corriam atrás dele. Ele corria na frente, para pode só localizar e deixar mais fácil para os outros.
         Uma voz fraca, bem fraca mesmo, vinha de debaixo de uma parede de um bar. Ela falou algo que não era possível de se entender de tão baixa que era a voz. O policia correu até o lugar e conseguiu localizar a mulher que estava ali em baixa. Gritou para que os outros chegassem perto ajudar. Eles vieram e, com força, conseguiram levantar, mas a mulher não conseguia sair dali. Estava fraca de mais para isso. O policial se abaixou e entrou de baixo para tirar ela. Rastejou até lá, enquanto os outros seguravam a parede. Pegou ela e a trouxe para fora. Um médico ficou ali para cuidar dela e o resto, com o policia, seguiram em frente. Porque aquela mulher salva era só mais uma pessoa entre tantas que estavam ali. O policial Roberto tinha consciência que aquele seria um longo dia de trabalho, mas também tinha certeza que seria um ótimo dia, pois valeria a pena as vidas que ele salvaria.

23 de agosto de 2012

Simple Man

         Seja um homem simples. Daqueles que não tem tantos problemas. Sem preocupações bestas. Daqueles que quando se apaixonar, se apaixone por alguém que valha a pena. Alguém que reconheça seu valor, alguém que lhe dê o que você merece. Ou seja um homem que não se apaixona. Seja simples na forma mais pura. Até comendo. Seja daqueles que comem um prato simples no lugar algo elaborado. Algo que simplesmente gostam e não porque querem aparecer. Um homem que quer apenas uma casa, família e nada mais. Apenas uma coisa simples.
         Seja um homem despreocupado. Seja um homem bom. Seja um homem calmo. Seja um homem feliz. Seja um homem menos sério e mais brincalhão. Apenas seja um homem simples.

22 de agosto de 2012

Ignorância

         Aqui, no Brasil, o povo tem uma incrível capacidade de analisar tudo de ruim do próprio país e falar só mal. E o engraçado do tanto que isso é um ato ignorante do povo é que eles falam mal de qualquer coisa. Nada está bom o suficiente. Não me entendam errado. Não estou dizendo que é errado criticar. Estou dizendo que existe uma grande diferença entre criticar e falar mal para parecer inteligente.
         Se você vai criticar algo, tudo bem, mas por favor, faça uma critica com sentido. Estou cansado de ver pessoas falando coisas como "o Brasil é laico, mas financia a vinda do papa aqui" ou "que país podre, vou sair aqui, só tem corrupção e ignorância aqui".
         O primeiro caso é apenas desinformação. O Brasil é laico, ou seja, não se submete a nenhuma religião, mas ele é um país que patrocina cultura. Não se é preciso ser católico (igual eu não sou) para se saber isso. Religião também é cultura. Não importa se você é agnóstico, ateu, protestante, católico ou muçulmano, só basta você ter noção que aquilo é cultura e deve ser respeitado e valorizado como tal.
         O segundo caso ali é mais por própria ignorância e achismo da pessoa. Esse tipo de pessoa não tem meu respeito. Pois esses são aqueles que ficam só em casa, não participam de uma passeata contra corrupção, não se importam com nada a ponto de estudar politica um pouco e depois fica falando. Cara, uma pessoa assim devia se tocar o tanto que está sendo idiota na nessa. Pois está desvalorizando totalmente o próprio país e sem entender.
         Então por favor, na hora de fazer uma critica, até a música, entenda do assunto antes de se falar aquilo.

21 de agosto de 2012

Vida e morte

         Vida e morte. O que significam? Queria tanto saber o significado de algum dos dois. Para começar da vida. A vida é algo que eu não vejo explicação. Ao mesmo tempo que é algo maravilhoso e lindo, também é algo horrível e medonho. A vida é algo que não pode ser explicado tão facilmente, pelo menos não para mim. Falam para mim "A vida é para viver". E eu bem que queria que fosse fácil assim.
         As vezes a melhor saída parece ser a morte. Ela me atrai. Aquele mistério que há por trás dela. Aquele fim que ela aparenta ser. Ah como a morte é atraente. Já pensou você dormir e não acordar? Simplesmente não ter mais problemas e nem tristezas. Seria algo divino praticamente.
         Mas ai eu penso em todos amigos e felicidades que tenho. E isso faz minha vida valer a pena. Ah que bela vida é. Não a trocaria. Mesmo sendo sofrida e cheia de problemas, ela tem seus pontos bons. E esses pontos bons valem por todos os ruins e mais qualquer outro que surgir.

20 de agosto de 2012

Aniversário

         Hoje é aniversário de uma pessoa importante. E eu penso, devo desejar parabéns ou meus pêsames. Aniversario significa que você está mais próximo da morte, então porque devia ser comemorado!? Mas então eu vejo tudo que aconteceu nesse um ano de vida e vejo porque se deseja parabéns. Tudo que a pessoa passou até agora e mesmo assim está ai. Viva, em pé e lutando pela sua felicidade. Você deve parabeniza-lá por isso.
         Aniversários significam sim que estamos mais perto da morte. Mas não servem para comemorar isso. Servem para comemorar um anos de lutas, derrotas, lutas, quedas, mais lutas e vitorias. E principalmente para comemorar que você não desistiu. É por isso que se comemoram aniversários.
         Então não desistam. Se não quando chegar seu aniversario, vocês não terão nada o que comemorar. Se vocês querem algo lutem por isso. Se gostam de alguém, vão atrás da pessoa. Não deixe que seus medos lhe dominem. Não deixe que suas "certezas" de que as cosias vão dar errado lhe impeçam. Tente, por mais difícil que pareça. As vezes essa "certeza" de que vai dar errado seja apenas medo e não realidade. Não desista de tentar sua felicidade. Ela vale a pena, não importa o que os outros digam. Se você tentar, mesmo que não de certo, já vai ter algo para comemorar no seu aniversário.

17 de agosto de 2012

Sentimentos

         Por vezes eu penso porque eu continuo fazendo o que eu faço? Eu só estrago as minhas amizades. Eu tento ser o melhor amigo possível e acabo me intrometendo demais. E fica essa coisa chata. Eu tenho que parar de ser quem sou e me tornar como essas pessoas que sempre escutam, mas não se importam com isso e não se metem no meio da confusão. Tenho que parar de ser tão sentimental e começar a ser um pouco mais superficial. Talvez totalmente superficial. Porque assim eu não me importaria com nada.

         Eu na verdade só queria poder matar esses sentimentos no meu peito. Todos. Desde o amor até a felicidade. Quero matar qualquer coisa que eu possa sentir. Ser frio não é ruim. Ruim é sentir demais. Quem é frio vive sem se magoar. Quem sente vive se magoando.

15 de agosto de 2012

O encontro


         Thiago estava mais atrasado do que nunca. Já eram onze horas da manhã e ele ainda não tinha chegado. Corria o mais rápido que podia. Passou duas ruas sem olhar para os lados ou o sinal. Simplesmente correu. Foi correr na terceira. Ouviu a buzina do carro tocar forte e sentiu uma pancada nas pernas. Repentinamente não via nada direito. O mundo girava. Sua visão foi embaçando e dormiu.

         - Ele acordou! - exclamou Isadora.

         Uma mulher de branco chegou perto e começou a fazer uma checagem nele. No final ele estava bem, só não entendia o que se passava, mas estava bem.

         - O que aconteceu?

         - Você foi atropelado indo se encontrar comigo. Correu para atravessar a rua e um carro te pegou.

         - Que droga, perdi nosso aniversário de namoro. - levou as mãos ao rosto, mesmo sentindo um pouco de dor - Não consegui chegar para o nosso encontro. - ele parecia triste com aquilo e estava.

         - Quem disse que perdeu? Ainda é dia 18. E nós nos encontramos aqui, então tecnicamente você me encontrou. Mesmo que tenha me forçado a vir até aqui.

         Ela pegou as mãos dele e as segurou e lhe deu um beijo suave e doce como sempre. Thiago podia estar todo dolorido, mas levantou e abraçou ela. O esforço valia a pena.

Esquecendo


Te amar é torturante
Agonizante
Sufocante
Mas ainda sou um amante

Com seu nome eu faço anagramas
Penso em mim e você na grama
Vendo o sol se por
E a lua se compor

Sofro de idiota, sofro de besta
Sofro por te querer
Besteiras, idiotices e besteiras me deixam feliz de sexta a sexta

Mas ainda sim sofro por não te esquecer
Mas vai passar
Porque não quero mais sofrer por te amar

14 de agosto de 2012

New Word


            O trânsito fluía normalmente no centro da cidade. As pessoas andavam seguindo seu caminho naquela eterna rotina. Os becos com mendigos e pessoas fazendo seus negócios ilícitos. Com portas de bares ali também. E em um desses bares era feito o negocio mais ilícito e negro de todos. O contrabando. Não um simples contrabando. Mas sim contrabando de órgãos. E também não era de órgãos comuns. Eram de pés, mãos, braços, pernas e outras partes assim. Eram vendidas para o único publico que compra aquela mercadoria. Zumbis. O comercio de órgãos para zumbis era um bom mercado. Sempre tinha clientes novos e eternos, pelo menos na maioria das vezes. Mas esses seres demoravam um pouco a se tornarem clientes, pois nunca entendiam que tinham virado zumbis. E isso estava acontecendo agora mesmo, um pouco distante da loja, no final da cidade, para ser mais preciso no cemitério.
            Antonio Carlos acordava e não sabia o que acontecia. Estava debaixo da terra. Não havia nada entre ele e a terra. Aquilo estava incomodado. Começou a cavar da forma que conseguia para cima. Cavou até sua mão sair ele poder sentir o vento. Colocou a outra mão e se puxou para cima. Era dia. Sua cova era uma sem lapide e outras coisas, era apenas um retângulo de terra mexida na parte mais pobre do cemitério. Sua mente estava totalmente confusa. Não sabia o que tinha acontecido. A ultima coisa que se lembrava era chegar em casa e se deitar.
            Saiu andando dali. Estava todo sujo de terra, mas tudo bem. Passou pelo centro da cidade e viu que eram 3:43. Decidiu ir ao hospital onde sua namorada trabalhava pedir ajuda. Hospital Santa Regência era grande e Juliana trabalhava na ala pediátrica, no terceiro andar. Antonio entrou no hospital e foi rumo ao elevador.
            Igor viu ele e já se desesperou. E começou a pensar “Não pode. Antonio Carlos não pode estar ali. Eu fiz todos os exames e não tem como ele estar aqui.” E aquele pensamento fica na sua cabeça até que ele se deu conta: Ele não pode se encontrar com ninguém! Principalmente com a Juliana.
            Antonio entrou no elevador e começou a subir rumo ao terceiro andar. E Igor já correu para as escadas. Começou a subir o mais depressa que podia. Chegou enfim ao terceiro andar e antes de Antonio. O bom era que Juliana não estava ali. Tinha tirado licença por causa da morte de Antonio. Mas mesmo assim ninguém podia ver ele ali. Mas não tinha como tirar ele dali sem que as pessoas percebessem. Então teve uma ideia.
            As portas do elevador se abriram e Antonio saiu. Igor entrou e já disse:
            – Antonio, lembra de mim? Aposto que veio atrás da Juliana. Ela está lá em baixo, vamos que eu lhe mostro, estava descendo mesmo.
            – Desculpa, não lembro de você, mas obrigado por me levar até ela. De onde a gente se conhece mesmo? – perguntou Antonio enquanto entrava no elevador.
            “Eu fiz sua autópsia.” Igor pensou em dizer, mas no lugar disse:
            – Da festa do hospital de final de ano. – o que não era totalmente mentira.
            Então o elevador chegou ao subsolo 2. Necrotério. O lugar era frio, mas fez Antonio se sentir mais vivo, como se não tivesse morrendo ali. Como se aquele frio retardasse seu apodrecimento.
            – Necrotério? O que ela está fazendo aqui?
            – É que... – estava difícil achar desculpa agora – um bebê morreu no parto e ela quis saber o motivo. Historia trágica.
            – Que triste, a mãe deve ter ficado desolada com a morte.
            – Você não imagina o tanto.
            – Então, onde está a Juliana?
            – Entre aqui, ela está no freezer. – Igor apontou para a entrada.
            Antonio entrou e Igor foi atrás. Quando entrou Igor e pegou uma bandeja que era usada para guardar utensílios.
            – Tem certeza que ela está aqui?
            Enquanto Antonio perguntava isso e olhava pela sala, Igor veio por trás com a bandeja e bateu em sua cabeça com tanta força que deu para ver o pescoço quebrar para o lado enquanto Antonio caia inconsciente no chão.
            A visão lhe falhava, estava acordando e a cabeça doía. Tentou se levantar, mas estava todo amarrado em uma mesa. Olhou para o lado e viu Igor e uma mulher, sentados em cadeiras ao seu lado. Não era no hospital que estavam, mas numa espécie de galpão.
            – Finalmente acordou Little Zombie. Você quase nos causa problemas indesejados. Quase. – a mulher falava isso enquanto fumava seu cigarro, mas o estranho não era isso, mas o fato dela ter o rosto de cores e costuradas.
            – Onde estou? Do que você está falando?
            – Vou lhe explicar uma coisa Little Zombie...
            – Porque você fica me chamando de Little Zombie?
            – Porque você é um zumbi agora. E temos duas opções para você. Você aceita isso, vive no submundo conosco e nunca mais vê ninguém da sua antiga vida ou morre agora! – a mulher sorriu enquanto dizia isso e levantava os braços como se isso fosse algo grandioso.
            – Eu aceito viver com você. Já que é isso ou a morte.
            – Muito bom Little Zombie. Você aprende rápido. Igor pode soltar ele.
            Igor se aproximou e soltou as amarras que prendiam Antonio. Antonio quando ficou totalmente soltou deu uma esticada nas pernas e olhou para a mulher e Igor. Nem um deles era forte. Antonio deu um soco na cara de Igor e saiu correndo. Procurando uma saída. Achou uma enquanto ouvia ao fundo a mulher gritar para Igor ir atrás dele. Saiu dali o mais rápido possível.
            Para onde ir agora? Essa era a pergunta que rodeava a cabeça de Antonio. Decidiu ir para casa já que Juliana não estava no hospital só podia estar em casa, principalmente se ela achava que ele estava morto. Correu o mais rápido que podia. O lugar se encontrava o galpão, estranhamente, não era longe de casa. Chegando lá ele viu pela janela da sala Juliana. Estava toda triste passando com uma xícara, provavelmente de chá. Começou a andar, quando em volta da casa começara a aparecer pessoas muito fortes. E quando se aproximaram um pouco ele percebeu que eram zumbis com partes costuradas de pessoas fortes. E atrás dele apareceu de novo a mulher.
  – Acho que você não me entendeu da primeira vez Little Zombie. Quando eu disse que você tinha que deixar isso ou morrer eu falei serio. Você está morto, não tem no que se meter na vida dos vivos. Eles vivem a vida deles separados da gente. Se você se intrometer, só levará sofrimento e dor para eles. Se você realmente a ama, então a deixe em paz.
            – Mas eu preciso falar com ela antes de desistir totalmente dessa vida antiga. Ela precisa saber que eu a amo e, além disso, preciso me despedir.
            – O tempo para isso já passou Little Zombie. Agora você escolhe de vez. Vive conosco ou morre. Caso escolha a segunda opção são eles – a mulher apontou para os fortões – que irão cuidar de você.
            – E como viverei essa vida de morte? Eu estou apodrecendo, me decompondo. Não tem como eu continuar.
            – Tem, Little Zombie. Ao decorrer dos anos nós, zumbis, aprendemos a nos cuidar. Podemos disfarçar o cheiro, manter a coloração da pele, arrumar membros novos, nós podemos tudo, menos nos envolver com os vivos. Então, qual sua decisão?
            Antonio olhou para a janela e viu a luz acesa. Lembrou-se do rosto de Juliana sorrindo, dele chorando e as palavras “dor” e “sofrimento” vieram a sua cabeça. Já estava de joelhos no chão.
            – Eu vou com você. Se isso for o melhor para mim e para ela, então eu vou com vocês.
            – Muito bem Little Zombie. Se levante e venha para cá, perto de mim e vamos para sua nova casa.
            Antonio e Lady Zombie andavam rumo a nova vida de Antonio. Em uma nova espécie de mundo. 

13 de agosto de 2012

Saudades de minha amada


Nesse momento eu penso: O que aconteceu com a gente?

            Fico lembrando como éramos. O tempo que passávamos juntos me fazia feliz como nenhum outro. As conversas que só surgiam com você. As brincadeiras e tudo mais.

            Mas o que aconteceu com toda essa amizade, todo esse amor? Se foi e não deixou vestígios. Deixou apenas mágoas e corações quebrados procurando entender o que aconteceu. Não falo das briginhas. Nem dos ciúmes. Falo do real motivo de porque isso aconteceu. Eu não queria que isso acontece-se e acho, espero mesmo, que você também não. Então me explica onde no meio do caminho nós nos separamos. Que eu vou fazer o que for necessário para voltar lá e seguir ao seu lado.

            Não quero viver assim triste sem você. Acho que ninguém quer viver longe da pessoa que ama. Você pode não ler isso, mas espero que leia, porque assim você vai ver que ainda me importo.

            Isso mesmo. Eu admito que errei e que você estava certa, agora já é tarde para isso?  Aquilo foi um erro que ninguém jamais deve cometer.

            Espero que você seja feliz, mesmo que não seja ao meu lado e que quem você escolher ao seu lado não cometa o erro de deixar você ir embora, porque ele estará perdendo uma pessoa que ele nunca, NUNCA, encontrara outra igual ou parecida.

12 de agosto de 2012

Amor

Se minhas palavras pudessem tocar seu coração
E fazer você me dar atenção
E mostrar tudo o que eu tenho a expressar
Se eu pudesse segurar sua mão
E te beijar

Seria como sonhar
Ter o seu amor comigo
Ter você comigo
Pra sempre te olhar
Ser mais que seu amigo

Seria como sonhar
E desse sonho eu nunca iria querer acordar
Só pra com você estar
Você é o meu amor inalcançável 
Que eu quero alcançar

Mas é tão longe da realidade
Que corta as minhas asas de liberdade
E derruba minha felicidade
Você esta tão distante de novo 

Mas você sempre estará comigo
Indo e vindo dentro do meu coração
E amanhã acordarei sabendo que sou seu amigo
E estarei novamente com a solidão

11 de agosto de 2012

Sonho não realizado


            Lá estava eu, sozinho e inquieto lhe esperando. Odeio esperar, mas por você eu suportaria aquilo. Mas mesmo assim aquela demora me matava. Ah tempo maldito que não passava. Eu já estava a ponto de dormir quando lhe vi. Aquele sorriso se aproximando de mim fazia meu coração acelerar. Como podia uma pessoa só ter tamanha perfeição?
            Você se aproximou, sempre com aquele jeito de andar sem se importar com o mundo. Mexendo no seu Nintendo DS. Quando me viu, sorriu novamente, abaixou os olhos para a tela, fechou seu DS e colocou no bolso da mochila de lado. Andou até mim e quando chegou perto me deu um abraço apertado. Sempre com aquele perfume que era típico seu. Como era bom aquele abraço. Poderia viver ali para sempre. E a sensação que para mim durou milhões de anos acabou em alguns segundos. Afastou-se depois do abraço e olhou nos meus olhos. E eu a olhei nos olhos. Como eram lindos aqueles olhos verdes. Então do nada se aproximou e me beijou. No começou me assustei com aquilo de tão inesperado aquilo foi, mas então me deixei levar pelo momento. Como aqui era bom. Até parar e ficar olhando para a minha cara de perplexo e rindo.
            – O porque você está rindo? – perguntei um pouco irritado e com vergonha.
            – Do tanto que você não acreditou que eu fiz isso. – respondeu contendo os risos.
            – Claro que não acredito. Você sempre disse que eu nunca ia ter chances com você, porque somos amigos e essas coisas. E que eu nunca ia sentir seu beijo.
            – E como você mesmo disse, pessoas mudam de ideia o tempo todo. E eu mudei de ideia sobre você. Agora você vai ficar conversando comigo sobre isso?
            Não resisti aquilo. Simplesmente a puxei e lhe beijei novamente de uma forma sutil que foi ficando forte com o decorrer do tempo. Como aquilo era bom. Eu tinha esperado tanto por aquele momento. E finalmente...
BAAAM! Estou na minha cama. De baixo dos lençóis e os raios de sol batem no meu rosto. Tudo isso foi apenas um sonho que acabo de ter e do qual devo me esquecer, pois dói lembrar que é apenas um sonho.

10 de agosto de 2012

Just a kiss


Quando estou perto de você, as coisas ficam difíceis. Começa a ficar quase impossível lutar contra esses sentimentos. Fica difícil de respirar, me falta ar nessa hora. E depois quando vou embora eu fico pensando naquele momento, fico preso a ele. Fico preso ao seu sorriso.

Eu nunca fui de me abrir para ninguém, mas com você isso parece tão fácil, acho que é pela certeza que você vai me ajudar. E quando você abraça, me dá vontade de parar no tempo ali, vontade de nunca mais soltar, vontade de te beijar.

Apenas um beijo. Não quero forçar a barra ou estragar as coisas entre nós. Dê apenas um tiro no escuro e quem saiba eu possa ser por quem você esteve esperando. Apenas um beijo de boa noite.

Sei que se dermos um tempo vamos nos aproximar do amor. E então você vai ver como amar é bom, eu nunca me senti tão bem quanto agora.

PS: Esse texto foi inspirado na musica Just A Kiss da banda Lady Antebellum, recomendo que escutem e olhem a tradução, muito bonita.

9 de agosto de 2012

Dizer eu te amo

Porque é tão difícil falar com você sobre isso tudo? Parece ser uma coisa tão fácil, mas simplesmente não é. Passo a ficar envergonhado com minha incapacidade de lhe dizer isso de uma forma direta e que lhe faça acreditar. Isso de dizer eu te amo é fácil é a maior mentira. Dizer eu te amo é uma coisa dificílima. Pelo menos para mim. Eu não sei dizer eu te amo, como já dizia Frejat. Para mim isso é algo que só deve ser dito quando alguém ama de verdade. E quando eu digo isso para você eu não minto. Eu posso amar todos meus amigos de igual forma, mas você se sobrepõem e consegue ficar acima de todos. Por você surge um amor maior que a todos. Um amor diferente. E é algo que eu não conseguiria descrever aqui em palavras. Sairia algo sem sentido para muitos e que só teria sentido para mim, porque meu amor por você é assim, meio confuso, bobo, ciumento, idiota, choroso, mas mesmo assim é o meu amor por você. E pelo simples fato de ser por você ele já se torna bonito, pois tem você no meio. Eu te amo.

7 de agosto de 2012

Querer


Luto para não te perder
Luto para não morrer
Morrer por não te ter
Morrer por te perder

Pessoa perdida que quero de volta
Por isso estou batendo a sua porta
Para lhe pedir desculpa, lhe pedir perdão
E muito me machuca escutar um não

Pois toda vez que lhe chamo, falando vem
É porque quero seu bem
Seu bem porque te amo

Amo porque te quero, te quero porque te desejo
Desejo incabavel e inesquecivel
Desejo de conseguir de você pelo menos um beijo

5 de agosto de 2012

Amor doloroso


Te amar é torturante
Agonizante
Sufocante
Mas ainda sou um amante

Com seu nome eu faço anagramas
Penso em eu e você na grama
Vendo o sol se por
E a lua se compor

Sofro de idiota, sofro de besta.
Sofro por te querer
Nossas besteiras e idiotices me deixam feliz de sexta a sexta

Mas ainda sim sofro por não te esquecer
Mas vai passar
Porque não quero mais sofrer por te amar

3 de agosto de 2012

Trilogia da morte III de III


E lá estava ela sem saber o que fazer. Seu namorado havia morrido em seus braços, e o enterro não tinha sido algo fácil de aguentar. Aquilo lhe causava repulsa. Saber que nunca mais poderia beijá-lo, abraçá-lo, sentir o seu cheiro ou ouvir a sua voz, principalmente daquele jeito quando falava baixinho no seu ouvido.
“Porque isso tem que acontecer comigo?” pensou. Chorava mais do que jamais chorou.
Estava em seu quarto agora, mas não queria ficar ali. Tudo que estava lá só lhe traziam lembranças dele. Se levantou e saiu. Andou pela casa pensando que aquilo a faria melhorar, e não fez.
Foi até o parque em frente a sua casa, aquele lugar sempre lhe acalmou depois das brigas e dos momentos de estresse que quase toda relação tem. Sentou-se em um banco e ficou jogando pedras no lago e, querendo ou não, lembrando dele. Aquilo parecia uma tortura. Voltou para casa. Quando abriu a porta viu a mãe dele sentada no sofá sala.
“Porque será que ela esta aqui?”
— Oi, Nicole. Como está? — perguntou a visita, não era o que ela queria dizer de verdade, mas tinha que começar uma conversa.
— Nada bem. Só penso nele. Mas porque veio? — Estava se segurando para não chorar mais e a mãe dele ali na sua sala não ajudava.
— É que eu estava arrumando as coisas dele e... achei uma carta para você.
— Você leu?
— Não. Do lado de fora estava escrito que era só para você, então achei melhor não abrir.
Ela entregou a carta para Nicole e foi em direção a porta, mas parou e virou.
— Ele te amava de verdade.
— Mas você disse que não leu a carta.
— Não li, mas os cadernos dele estavam cheio de poesias para você. Passe lá em casa para ler se você quiser.
Nicole ficou sozinha na sala. Olhou para a carta  e pensou em abrir, mas subiu para o seu quarto e guardou-a.
Assim se passou uma semana e ela atá esqueceu da carta guardada. Até que um dia, num sábado, foi procurar no seu o quarto algo, que esqueceu quando achou a carta por acidente. Decidiu que não podia fugir daquilo para sempre. abriu:
“Nicole,
Se está lendo é porque aconteceu. Espero ter te contado e então esta carta é inútil. Agora se eu não te contei, peço que me perdoe. Acho que eu te amo demais para querer que sofra por mim. Simplesmente sou assim... mas espero que possa ver o quanto da vida ainda tem pela frente, então viva por mim.”

2 de agosto de 2012

Trilogia da morte II de III


– Porque você não me falou antes? - Ela falava com lágrimas nos olhos.
– Já lhe disse que não queria que você se preocupasse – Já era a décima vez que repetia.
– Mas eu não queria que fosse assim! - as lágrimas começaram a descer pelo rosto dela, borrando o seu humor - PORQUE VOCÊ NÃO ME FALOU ANTES!
– VOCÊ ACHA QUE EU NÃO QUERIA? – então ele percebeu que estava gritando no hospital. Se acalmou e disse - Você acha que eu não tentei? Todas as vezes que eu ia falar, você estava muito feliz para eu estragar aquilo... E eu também não queria que você ficasse me vendo com pena. Queria que você ficasse comigo por amor e não por pena. – foi quando sentiu o próprio rosto molhado..
–Como é? Acha que eu continuaria a ficar com você por pena? Não sabe o quanto eu te amo, seu idiota?
– Eu só... te amo.... Vem aqui, senta aqui na cama e fica comigo.
Ela se deitou ao lado dele na cama. E ali ficaram sem falar nada, apenas deitados. As horas passaram e ele dormiu, tranquilo. Quando ela quase fechava os olhos, ouviu de repente: Piiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii.
O coração dele já não batia. Ela se levantou e, desesperada, correu em busca de ajuda. Os médicos tentaram de tudo, mas ele não tinha mas forças para voltar. Enquanto ele morria, parte dela morria. E ela chorava.

1 de agosto de 2012

Trilogia da morte I de III


Ele olha para ela. Não queria estar com mais ninguém. E fica olhando, sem dizer uma única palavra.“Meu deus, como ela é linda” pensava e sorria..
– O que tanto olha? - Perguntou ela com aquele sorriso, o mesmo que o fez se apaixonar por ela.
– Nunca tinha reparado o quanto você é linda – disse enquanto passeava com sua mãe sobre o rosto dela, acariaciando-a - Tenho que te falar uma coisa.
– O que é? É serio? – perguntou, preocupada com o tom sério del. Então viu aquele olhar trist que ele não suportava. Não podia lhe falar sobre a doença agora, estavam felizes demais para estragar o momento e eram tão poucos.
– É que não vamos dar certo! Sou feio demais para você e acho que você irá me largar pelo primeiro bombadinho que te der mole – disse abaixando a cabeça, como se estivesse pertubado com aquilo, para tornar o que tinha dito mais convincente.
Ela deu um tapa fraco no braço dele, ele não se aguentou e riu junto.
– Eu não te trocaria nem pelo Jhonny Deep! – E ao dizer isso beijou-o.
– Bom, então assim fico mais calmo! Sabendo que sempre vou ter o seu amor.
– Sempre e mais um pouco.
E aquilo era como um peso no seu coração, pois sabia que ela acabaria sofrendo por ele, mais tarde. Mas não importava agora, tudo o que ele queria era estar com ela. E Bastava.