30 de julho de 2012

Confusão


            
            A arma na mão. Confuso, sem saber o que fazer. Com o polegar ele engatilha e o indicador firma mais no gatilho. Ouvia vozes por todos os lados, mas não via ninguém por perto. Era apenas ele, quatro paredes e um revolver. Ele estava perdido naquele mar de confusão que estava sua mente.
            E o vento soprava forte, e o fazia balançar. Ele corria de um lado para o outro arrumando as coisas. As ondas vinham, batiam e quase o derrubava. O mar estava agitado mais que o normal. As ondas batiam como se quisessem virar o barco, pois arrebentavam contra a polpa. Iam, voltavam e massacravam o barco. As velas eram puxadas, o mastro era ajeitado e o manche era mantido sobre controle, tudo por um homem. Estava tudo normalizando e ficando calmo novamente. Então veio a grande onda e virou o barco. BAAAAM!
            Ele se perdeu no meio de seu mar de confusão. E se foi. Tudo que restava agora eram quatro paredes, um revolver e um corpo sem vida sangrando no chão. De um momento para o outro sua vida mudou ao ponto de deixar de existir e o mais estranho de tudo é que aparentemente ninguém se importava com aquilo.

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